A revista Alegrar apresenta o dossiê temático “Políticas e poéticas das imagens, palavras e sons”,  organizado por Susana Dias, Aline Câmara e Sheyla Macedo.

Kátia Maria Kasper e Cíntia Vieira da Silva

Apresentação

Nesta edição da Alegrar temos o prazer de apresentar o dossiê “Políticas e poéticas das imagens, palavras e sons” com produções que, em sua maioria, resultaram de trabalhos apresentados no II multiTÃO: imagens, palavras, sons, ventos, realizado nos dias 25 e 26 de novembro de 2011 no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismos (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Nesta segunda edição do multiTÃO, propusemos convocar forças inumanas e potências dispersivas do vento e convidamos artistas e pesquisadores que têm se dedicado a pensar imagens, palavras e sons como intensos personagens da divulgação cultural e científica, investindo em devaneios políticos e poéticos pelos redemoinhos da experimentação.

Chamamos o vento: Vem, vento, vem-tão multi…

Alberto Greco (Obra fora de catálogo) de Eduardo Pellejero;

Paisagens sonoras: quando a escuta recorta o invisível [divagações a propósito de algumas experimentações] de Ana Godoy;

Deslocamentos do sentido em Deleuze: implicações para a leitura de Annita Costa Malufe;

Superfícies versadas, de Marli Wunder  e Alik Wunder;

… e pelas cores ex-correm pensamentos vão(s) de Elenise Cristina Pires de Andrade e Alda Regina Tognini Romaguera;

Corpos projetados e redimensionados: arte e políticas da vida, de Marko Synésio Alves Monteiro;

Perambulações entre arte e ciência: através de Memento mori de Walmor Corrêa de Maria Livia Conceição Marques Ramos Gonçalves;

A imagem digital e a minoridade: foto(des)montar os padrões da divulgação científica de Fernanda C. M. Pestana

Vida e arte e educação e(m) criações (Vídeo)

Alda Regina Tognini Romaguera

Cores secas em imagens de ciências (Vídeo)

Fernanda Pestana

 

 

Vem, vento. Vem para ventar os desejos de catar, medir, registrar, caracterizar, nomear, fixar, categorizar, representar. Vontades de provocar sopros entre imagens, palavras e sons e, com o vento, ARfAR. Ar-tes arfantes! Vento afora (ar fora) – estendendo-se desde o que pulsa – respira – sopra.

Vontades de pesquisadores e artistas vinculados ao grupo de pesquisa “multiTÃO: prolifert-artes subventendo educações e comunicações” (CNPq), do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e da Faculdade de Educação (FE), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Expressões em evento e dossiê que fizeram parte das ações do projeto “Escritas, imagens e ciências em ritmo de fabulação: o que pode a divulgação científica” (MCT/CNPq) e do Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural (IEL-Labjor-Unicamp).

Foi um encontro para nos deixarmos, assim, negligentes diante da possibilidade de captar essências por meios de sons, palavras e imagens. Para nos dissolvermos na coreografia de uma força vento que se põe a dançar, a criar texturas, cheiros, gostos, cócegas. Tornarmo-nos texturas, coreografias, cheiros, gostos e cócegas que o vento traz. Sermos o estrago e o afago que o vento faz. Convocarmos outros ventos, sopros… Será que o vento vem?

Susana Dias, Aline Câmara e Sheyla Macedo