Fantasmas não morrem… E nem tudo (não)é o que (a)parece…

Andreia A. Marin

Resumo

Uma tentativa de autonarrativa na companhia de visíveis e invisíveis, movimentada pelos afetos de estar no todo. Uma coexistência tensionada por microrganismos, imagens animais e espectrais, e humanos nomeadores. Muitas imagens se atualizam em um presente confuso, onde ideias aparentemente sepultadas, reaparecem. É Derrida quem oferece a provocação: trata-se de uma questão de justiça não ignorar os espectros e não abandonar suas forças no passado. Do lugar de uma animalidade que pode se camuflar, o que é possível ver onde nada parece evidente?
Palavras-chave: espectros; autonarrativa; animal não humano. 

Resumen

Un intento de auto-narración en compañía de lo visible y lo invisible, movido por los afectos del ser en el todo. Una convivencia tensada por microorganismos, imágenes animales y espectrales, y humanos que nombran a todos. Muchas imágenes se actualizan en un presente confuso, donde reaparecen ideas aparentemente enterradas. Es Derrida quien ofrece la provocación: es una cuestión de justicia no ignorar los espectros y no abandonar sus fuerzas en el pasado. ¿Qué es posible ver donde nada parece evidente, desde el lugar de un animal que puede camuflarse?
Palabras clave: espectros; auto-narración; animal no humano.

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