Aos esquecidos

Fabíola Fonseca

A vida nunca tinha sido lenta para ela. Mesmo trabalhando há anos na mesma casa, vendo diariamente a mesma família, fazendo repetidamente os mesmos programas nos finais de semana em que tinha folga, foram poucos os dias de mesmice. Isso porque seus pensamentos voavam em torno da vida que ela queria ter, construir sua própria família, atravessar as delicadezas da maternidade, viver um mundo criado por si. Gastava boa parte das suas horas vagas abastecendo seus sonhos com cenas imaginadas de uma história na qual queria se encaixar.
O sonho estava lá. Ela, um companheiro, seus filhos.

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