Corporeidades em minidesfile

Luis B. L. Orlandi

O texto pretende ser apenas um instrumento para pesquisadores que se iniciam nas grandes aventuras discursivas a respeito de corpo. Nesse sentido, ele resume indicações de algumas linhas que se impuseram à reflexão filosófica ao longo da história ocidental. Refere-se, por exemplo, mas sem pressupor uma evolução teórica, ao corpo como estrito objeto de ciência, assim como ao corpo pensado como instrumento da alma. Salienta a importância da posição espinosana e nietzscheana do corpo como questão que se impõe ao pensamento. Passa brevemente pela noção fenomenológica de corpo próprio. Aponta a contribuição foucauldiana voltada ao corpo que procura saídas em meio a saberes e poderes. Finalmente, demora-se um pouco mais em alguns aspectos da idéia deleuze-guattariana de corpos sem órgãos, sublinhando sua emergência nos encontros intensivos.