Carta sobre o feminino e o amor

Juliana Silveira Mörschbächer

Resumo

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Querido amigo, saudações, e saudades tuas! 

Escrevo-te com uma imensa alegria em um momento em que trasbordo afecções devido aos últimos acontecimentos. Quero antes de mais nada dizer-te à título de Magritte, essa não é uma carta de amor. Fico muito à vontade pra contar-se por onde tem passeado meus pensamentos, e nesse momento específico faço questão de afirmar uma certa ojeriza pelo romantismo. 
Aliás, lembro do dia em que descobri que o amor romântico não existe, foi como perder a virgindade. A inocência não volta mais e que bom, nem desejaria outra coisa. Nasce a abertura no corpo para inventar outras formas de relação fora da forma pré-estabelecida pelo idealismo da eterna paixão. 
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