É com grande alegria que chegamos ao número 5 de nossa revista Alegrar, contando com o texto de Hélio Rebello Cardoso Júnior “Espinosa: alegria e inteligência”, inspirado em uma das discussões abordadas em sua tese de Livre-Docência “Pragmatismo menor: Deleuze, imanência e empirismo”. Na filosofia de Espinosa, há certo equacionamento entre aprender e alegria, afirma o autor. Neste artigo, ele faz uma “incursão a esta questão simultaneamente ética e epistêmica, averiguando o que Espinosa caracterizava como sendo o primeiro gênero de conhecimento.” Para tal, terá como aliado o pensamento de Gilles Deleuze.

“O andar na corda bamba”, de Fabiano Ramos Torres, cria uma atmosfera envolvendo educação, nomadismo, professores errantes. Os palhaços, tão caros à Alegrar

Fernando Tôrres Pacheco nos traz “Expressões de Bacon, sensações de Deleuze”, onde investiga “a possibilidade de uma obra de arte valer-se de um recurso não-narrativo, não-representativo, a-histórico em prol de uma atividade potencialmente intensa e expressiva.”

“Estado de traduzibilidade – A liquefação do eu”, de Damian Kraus, experimenta a “possibilidade de pensar um estado de traduzibilidade, em função de dois planos: o texto a ser traduzido e o texto que resultará da tradução”. Trata de uma experiência produzida por um trabalho de tradução, no “encontro com um canto a ser traduzido: a canção cubana Bruca Maniguá interpretada por Ibrahim Ferrer. O foco é o começo da música: Yo son carabalí.”

Temos também “A quem interessar possa: breve elogio à formação rebelde”, de Eder Amaral e Silva. Fruto de um exercício de amizade, que permite “escrever na métrica justa do excesso”, diz Eder. “Enredar elos leves e produtivos entre os muitos intercessores que permeiam a experiência cotidiana, solo de onde se extrai cada elemento aqui manifesto po(((i)))eticamente. Pensar em desvio, pelo desvio alterar o pensamento. E cada linha trepidando no movimento das práticas do nosso agora. Leiam, e se reverberar, ativem!”

Em “Rumo ao Deserto – a ilusão do Eu  / Uma autobiografia do Corpo”, Luisa Mello apresenta imagens (de seu corpo), poema, brincando com as ilusões do Eu.

Kátia Maria Kasper e Cíntia Vieira da Silva