É com grande alegria que apresentamos o número 7 de nossa revista Alegrar. Buscando proliferar e multiplicar encontros, nos quais vibra a procura por acontecimentos notáveis, ainda que sutis, capazes de sinalizar a irrupção do novo.

Pedagogia Exemplar, Exemplatum, de Máximo Adó, vale-se da potência de falseamento e tergiversação de Nathalniel Hawthorne, caminhando para a dissolução dos modelos para o educar.

Barroco e Fantástico, de Fernanda Vilar, estabelece aproximações entre a literatura fantástica de Jorge Luís Borges e o Barroco, por meio do conceito deleuzeano de dobra.

A arte dos afetos em Deleuze e Espinosa, de Adriana Barin de Azevedo, percorre a aliança Deleuze/Espinosa criando modulações conceituais que entram em co-funcionamento com um conto de Henry James e suas variações afetivas.

Romântico ou revolucionário? Sobre a cidade que somos, de Marcelle Louzada, conta da ocupação de uma praça em Belo Horizonte, com o evento Praia da Estação, tomando-a como um caso de transformação da estética da vida cotidiana em criação política.

4 ou 5 pequenas conclusões acerca do humanismo em meias soquete, de  Luciano Bedin da Costa, transita pelo universo das relações entre pés, sapatos e meias.

Que corpo é este que dança a imagem do pensamento?, de Letícia Testa, explora as relações entre dança e pensamento da diferença, por meio da questão da constituição de corporeidades não-identitárias.

Em Seres de Carne e Sons: escuta sensível, corpo musical, Andréia Marin e Cláudio Avanso Pereira procuram pensar a constituição de corpos musicais por meio do ritmo e do movimento, como uma das faces das experimentações que envolvem a carnalidade e a percepção sonora.

O ensaio fotográfio Vultos, de Flávio Boaventura, joga com dobras e redobras de tênue matéria, quase a esposar o caráter etéreo da luz e da sombra.

Cíntia Vieira da Silva e Kátia Maria Kasper